Contabilidade
O mercado brasileiro de ações e títulos de dívida tem significativo potencial de expansão.
O crescimento da institucionalização da poupança e a tecnologia de informação abrem um imenso potencial para atração de novos investidores e redução dos custos de intermediação.
A participação dos ativos de renda variável no portfolio dos investidores ainda é pequena. A captação de recursos pelas empresas nesse mercado também é baixa. Em 1998, o valor total de ações transacionadas no mercado brasileiro era de US$ 336,1 bilhões, representando 43% do
PIB. Nos Estados Unidos, no mesmo ano, esses valores eram, respectivamente, de US$ 15,197 trilhões e 200%. No Japão era de US$ 2,5 trilhões e 78%; na Alemanha de US$ 1,1 trilhão e 51%.
Se incluirmos os títulos de dívida emitidos por empresas, as proporções do mercado brasileiro são ainda menores. Em 1998, o montante desses títulos era de apenas US$ 20,1 bilhões no Brasil contra US$ 2,67 trilhões nos EUA e US$ 1,2 trilhão no Japão. Como proporção do PIB, temos 30,0% nos EUA, 36,5% no Japão e apenas 2,6% no Brasil.
Apesar disso, os sinais são animadores do lado da institucionalização da poupança. De uma participação pouco superior a 5% do PIB em 1985, o patrimônio dos investidores institucionais alcançou o equivalente a 33% do PIB em 1999.
Além da estabilidade econômica, vários fatores devem reforçar a tendência de crescimento do patrimônio desses investidores. A expansão da classe média no Brasil é um deles. Outro é o desenvolvimento da previdência privada, em grande parte decorrente da percepção da falência do regime previdenciário público. As novas tecnologias centradas na Internet também terão um papel importante, ao facilitar o acesso e reduzir os custos de transação.
Todos esses fatores implicam um enorme potencial de crescimento da oferta de recursos para investimentos através do mercado de capitais nos próximos anos. As possibilidades de financiamento dos investimentos e do