Contabilidade de custos
Autores:
Fernando Nascimento Zatta
FUCAPE / FABAVI / HM & Z CONSULTING
Hercules Vander de Lima Freire
FUCAPE / UVV / HM & Z CONSULTING
Moises Brasil Coser
FUCAPE / FACE / HM & Z CONSULTING
Alfredo Sarlo Neto
FUCAPE / FASERRA
Hélio Zanqueto Filho
FUCAPE
RESUMO
Procurou-se com base em pesquisa empírica, evidências do comportamento dos custos indiretos em relação à receita operacional líquida. Foi realizado estudo de caso com os dados de uma empresa distribuidora de energia elétrica da região sudeste. Uma contribuição deste estudo é a orientação para a melhoria da tomada de decisão e a redução de incertezas baseadas em formulação de hipóteses. Este artigo expõe uma relação entre a receita operacional líquida (ROL) e os custos indiretos (materiais, serviços e outros – MSO). No Brasil, os gestores das empresas do setor elétrico estimam que a modificação dos custos gerenciáveis - MSO correspondem a 50% da alteração da ROL. A pesquisa utilizou a técnica estatística de análise de regressão na estrutura de custos e receita operacional líquida. Aceitou-se a hipótese nula (H0), porque os resultados obtidos confirmam que não existe relação entre a modificação dos custos fixos indiretos (MSO) pela alteração da receita operacional líquida – ROL na ordem de 50% (cinqüenta por cento). Torna-se necessário, a ampliação do estudo com outras bases de dados com vistas a novas evidências empíricas.
INTRODUÇÃO
A evidenciação empírica aplicada à metodologia de pesquisa em contabilidade vem ganhando uma posição de destaque em relação à abordagem normativa. Segundo Lopes (2002: p. 89) essa migração começou no final da década de 60, quando a evidenciação empírica passou a ter um papel central. Essa importância pode ser devida a aplicação do método indutivo ao tipo de pesquisa em que os resultados finais são obtidos a partir de observações e mensurações dos dados