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LAMENTO DO OFICIAL POR SEU CAVALO MORTO Nós merecemos a morte, porque somos humanos e a guerra é feita pelas nossas mãos, pela nossa cabeça embrulhada em séculos de sombra, por nosso sangue estranho e instável, pelas ordens que trazemos por dentro, e ficam sem explicação. Criamos o fogo, a velocidade, a nova alquimia, os cálculos do gesto, embora sabendo que somos irmãos.
Temos até os átomos por cúmplices, e que pecados de ciência, pelo mar, pelas nuvens, nos astros!
Que delírio sem Deus, nossa imaginação! E aqui morreste! Oh, tua morte é a minha, que, enganada, recebes. Não te queixas. Não pensas. Não sabes. Indigno, ver parar, pelo meu, teu inofensivo coração. Animal encantado – melhor que nós todos!
– que tinhas tu com este mundo dos homens? Aprendias a vida, plácida e pura, e entrelaçada em carne e sonho, que os teus olhos decifravam...
Rei das planícies verdes, com rios trêmulos de relinchos...
Como vieste morrer por um que mata seus irmãos!
(Cecília Meireles. Mar absoluto.)
Atenção
*Não rasurar as questões de múltipla escolha .
*Use caneta esferográfica com tinta preta ou azul. NÃO utilize caneta com tinta vermelha ou lápis.
01-Os textos I e II são críticas ao comportamento do homem sobre a Terra. Tratam de dois elementos hoje praticados pela humanidade, que são:
(A) a questão espacial e a tecnológica.
(B) a destruição da natureza e a guerra.
(C) a industrialização da flora e da fauna.
(D) a busca do universo e a modernização bélica.
(E) a industrialização e o uso da energia nuclear. 02-Outro ponto exposto pelos dois textos é a questão do mau uso da inteligência humana. Esse ponto está implícito nas seguintes passagens:
(A) “Existe vida inteligente em algum lugar do universo” / “Não te queixas. Não pensas. Não sabes.”
(B) “Às vezes acho que o sinal mais evidente” / “Criamos o fogo, a velocidade, a nova lquimia.”
(C) “ninguém até agora tentou entrar em contato conosco”