Consumo e estilos de vida
O consumo
Este fenómeno conheceu um expressivo conhecimento nos países industrializados, sobretudo ao longo da segunda metade do século XX. A expressão sociedade de consumo ou “tempo dos objectos”, segundo Jean Baudrillard, caracteriza “uma sociedade onde existe uma extrema variedade e abundância de bens e serviços disponibilizados ao consumidor, com recurso a técnicas agressivas de estimulação ao consumo, como por exemplo: a publicidade, o marketing e a facilitação de acesso ao crédito” 1.
Vemos assim surgir, a par deste desenvolvimento do consumo e nascimento de uma nova sociedade, a melhoria na qualidade de vida da população, conseguindo agora ter um acesso mais facilitado e condições monetárias para aderir a esta nova sociedade. Muitas das famílias passam agora a ter contacto com uma panóplia de novidades que vem trazer a sua realização pessoal, tais como: acesso a férias, viagens, automóveis ou simplesmente a bens alimentares que até aqui não conseguiriam adquirir.
Contudo, este fervor e “sede” de consumismo acarreta consigo aspectos negativos, pois o consumo descomedido à escala global vem agora afectar o ambiente, destruindo os recursos naturais e também acentuar o fosso entre ricos e pobres, pois estamos numa sociedade onde as pessoas com mais poder económico conseguem sobreviver e “comandar” o Mundo de acordo com os seus objectivos e as pessoas com menores recursos económicos passam a ser a exploração dos “maiores”, levando cada vez mais à exclusão destes na sociedade e deixando cada vez mais à vista as desigualdades existentes.
O consumo tem tendência a acompanhar os ciclos da economia, sendo especialmente notório em períodos de crescimento económico, estando este procedimento descrito por Baudrillard de uma forma bastante irónica, mas muito perceptível. “Era uma vez um Homem que vivia na raridade. Depois de muitas aventuras e de longa viagem através da Ciência Económica, encontrou a sociedade de Abundância. Casaram-se