Consumo de Drogas
Uma das questões mais recentes enfrentadas no quotidiano da escola, refere-se ao consumo de drogas. Trata-se duma das manifestações que têm preocupado educadores, pais, a sociedade, assim como os adolescentes, pois estes, atendendo a instabilidade da própria fase do seu desenvolvimento, constituem o público mais vulnerável ao seu consumo. A escola, como instituição educativa privilegiada pela socialização dos indivíduos, tem sido chamada a mediar tal situação. Com tudo, tem havido ruptura de relações entre professores e alunos sempre que se pretende moldar os comportamentos apresentados pelos consumidores de drogas na instituição.
Segundo ARAÚJO (2002:48) a análise dessas questões é das demais complexas, visto que devem ser consideradas as inúmeras variáveis relacionadas com o contexto social, histórico, cultural, psicológico e biológico dos sujeitos envolvidos. Neste caso, é possível, de início, já constatar que a abordagem da acção preventiva deve compreender o problema de forma interdisciplinar e multidimensional.
O consumo de drogas está presente na maioria das culturas, variando o modo de uso, seus objectivos e seu alcance. O consumo das drogas, sejam elas lícitas ou ilícitas, data desde tempos remotos, incluindo questões culturais, religiosas, económicas, sociais, políticas, etc. Entre outros exemplos, pode-se citar o álcool como uma das drogas que, desde os primórdios da humanidade, é utilizada em alguns rituais religiosos e festividades sociais.
Na análise do MATOS (2001: 61) a escola, para todas as camadas da população, pretende ser a continuidade do processo de socialização, iniciado na família. Nesse sentido, os valores, expectativas e práticas que envolvem o processo educativo nem sempre correspondem com o que os pais buscam ao matricularem seus filhos na escola, mas na maioria das nossas escolas a violência se faz presente, por motivo daqueles que fazem o consumo de drogas, contrariando as expectativas dos pais para com a educação