Consumo de Bebidas Alcoólicas por Menores
Na juventude, o conceito de interação grupal é perceptível e o adolescente busca pertencer a um grupo com o qual se identifica, que terá́ a capacidade de influenciar suas ações e fará com que ele adote atitudes que serão a prova de sua aceitação na “tribo”. O contato precoce dos adolescentes com as bebidas alcoólicas é relevante para o surgimento do alcoolismo. O fato do adolescente conviver na família com um ou mais alcoolistas pode influenciar positiva ou negativamente na formação deste indivíduo. Filhos de dependentes químicos do álcool apresentam risco elevado para o consumo de bebidas alcoólicas, quando comparados com filhos de não-dependentes, numa proporção de risco aumentado em quatro vezes para o desenvolvimento do alcoolismo.
O alcoolismo, ao ser inserido no cotidiano do adolescente, passa a fazer parte do cognitivo e da comunicação com o grupo a que pertence, passando a doença para uma dimensão psicossocial, que será́ fundamental para adoção de um comportamento diante de uma droga tão presente na sua rotina familiar. Por esse motivo, compreender a relação da história de vida dos jovens que convivem com um membro da família alcóolatra propicia um melhor entendimento de sua representação sobre a doença e, a partir dela, a sua atitude frente às bebidas alcoólicas.
A adolescência é uma fase decisiva na formação do indivíduo, cheia de riscos e oportunidades, onde as crianças e jovens se encontram em processo de formação de aspectos físicos, emocionais e intelectuais. Sendo assim não sabem totalmente os seus direitos, e é por essa condição que são detentores de direitos especiais. Com o objetivo de diminuir o consumo de álcool por jovens o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) proíbe expressamente a venda de bebidas alcoólicas à criança ou ao adolescente (artigo 81, inciso II), tendo inclusive criminalizado tal conduta, estabelecendo pena de detenção de dois a quatro anos e multa a quem “vender, fornecer