Consumo das familias
A família brasileira está mais otimista em relação à situação socioeconômica do Brasil, segundo a 23ª edição do IEF (Índice de Expectativas das Famílias) feito pelo Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), fundação pública vinculada à Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República.
Apurado em junho, o índice atingiu 68,5 pontos – valor 1,5 ponto acima do registrado em maio. A estimativa é superior ao mês de junho de 2010 e meio ponto percentual abaixo do maior valor verificado na série, em janeiro de 2012.
O Economista-chefe do Bradesco, Octávio de Barros, surpreendeu a plateia de 250 clientes Prime (de alta renda), no Rio, ao afirmar que o excesso de endividamento do brasileiro é um falso mito. "Estão confundindo aperto de gastos e menor espaço para dívidas com sobre endividamento”,declarou aos VIPs. Nas reuniões do banco, Barros tem apresentado uma série de indicadores que sugerem, em vez de descontrole nas dívidas, uma mudança na cesta de consumo das famílias brasileiras. Com a demanda por bens duráveis saciada, as classes C e D estão incorporando novos serviços à cesta de consumo. Trata-se de uma mudança de mix, com TV a cabo, internet banda larga, seguros, viagens, universidade, academias, consórcios e até restaurantes ocupando o lugar de eletroeletrônicos e automóveis. "A renda disponível das famílias está disputadíssima, num ambiente de forte competição entre opções de consumo e poupanças", explicou à coluna. Para Barros, a inadimplência cresceu em fins de 2011 e início de 2012.
As regiões Centro-Oeste e Norte foram as principais responsáveis pelo aumento da confiança, ao terem mais expectativas em variados temas da pesquisa.
Segundo o Ipea, o brasileiro manteve-se otimista em todo o período entre junho de 2011 e junho de 2012.
A expectativa das famílias sobre a situação da economia no curto prazo, porém, caiu 1,8% de maio para junho, a 65% na última