consumismo
O termo sociedade de consumo a dimensão singularizada do consumo traz alguns embaraços conceituais. Consumir, seja para fins de satisfação de “necessidades básicas” e/ ou “supérfluas” ( inútil, desnecessário) – duas categorias básicas de entendimento da atividade de consumo nas sociedades ocidentais contemporâneas – é uma atividade presente em toda e qualquer sociedade humana.Se todas as sociedades humanas consomem para poderem se reproduzir física e socialmente, se todas manipulam artefatos e objetos de cultura material para fins simbólicos de diferenciação, atribuição de status, pertencimento e gratificação individual. Quais as razoes que levam as pessoas consumirem determinados tipos de bens, e em determinadas circunstâncias e maneiras? Qual o papel da cultura material no desenvolvimento da subjetividade humana? È possível a elaboração de uma teoria sobre consumo que dê conta de todas suas modalidades?A Sociedade parece emergir de um conjunto de suposições sobre a cultura contemporânea que são tomadas como dados e quase nunca desafiadas criticamente. Daí quase toda sua ausência da visão dos agentes sociais sobre os seus próprios atos e uma postura teórica universalizante sobre o significado e o papel do consumo na vida cotidiana das pessoas, que não distingue tipos de consumo, grupos sociais e os múltiplos significados da vida de consumir. A dificuldade conceitual de definir e delimitar o que é uma sociedade de consumo junta-se o caráter elusivo da atividade de consumir, que a torna apenas social e culturalmente percebida na sua dimensão supérflua, ostentatória e de abundância.Temas como materialismo, exclusão, individualismo, hedonismo, lassidão moral, falta de autenticidade, desagregação dos laços sociais e decadência foram associados ao consumo desde o inicio do século XVII e ainda hoje permeiam as discussões, dificultando e