consumidor da classe c
4. Duas empresas que se atentaram para este segmento
Aplicando-se todas estas teorias na prática empresarial, abordam-se, de forma exploratória, dois cases que ilustram muito bem esta nova realidade que o macroambiente está apresentando às empresas. As Casas Bahia, empresa que desde seu início investiu neste mercado, prevendo oportunidades. E, também, a Nestlé, que se deparou com estas mudanças e mudou os rumos de suas estratégias, voltando-se a estes consumidores.
4.1 Case 1: Casas Bahia
Empresa visionária que percebeu e investiu estrategicamente no segmento baixa renda do país foi as Casas Bahia que, de acordo com o site Casas Bahia (2009), no país há mais de meio século, virou estudo de caso para pesquisadores da Michigan Business
School, tornando-se “benchmark” para mercado da baixa renda. O estudo foi desenvolvido por Prahalad (2005) quem em 2003 enviou a São Paulo dois pesquisadores de Michigan, estudantes de pós-graduação daquela universidade, para estudar as Casas Bahia, considerando que ela era uma empresa líder no segmento de baixa renda no Brasil. O modelo de negócio da empresa, que chamou a atenção daquele estudioso foi a capacidade que a organização tinha de compreender as necessidades emocionais, bem como os hábitos de compra dos consumidores dessa classe social. Ademais a empresa foi capaz de propiciar as condições que viabilizassem o consumo da classe ao criar um mecanismo de avaliação da capacidade de endividamento e promoção do acesso ao crédito. Para Prahalad (2005), esse é um modelo de negócios único no mundo no varejo, reforçando a tese sobre a importância e a rentável oportunidade de mercado existente na base da pirâmide de renda.
O case Casas Bahia é bastante emblemático no Brasil. Por exemplo, Yaccoub
(2011) em trabalho de doutorado, afirma que a concessionária de