Consuelo
Em uma ilha tropical há uma casa circular em uma clareira. Cercada por roseiras de rosas vermelhas, tocos pontiagudos e entulho de embarcações e maquinários. Uma horta e um pomar com uma grande variedade de hortaliças e frutas. Uma espécie de trepadeira cobre boa parte das paredes de pedra e o telhado tem tantas plantas que formam um tapete que passa o espaço do telhado e caem formando cipós até próximo do chão. Próximo da casa há uma arvore gigante que faz sombra para a moradia. Uma cerca com pregos atravessados circulava a casa.
Dentro da casa certa desordem. Não havia divisões de cômodos como a maioria das casas que vemos hoje em dia. Era um cômodo circular com janelas retiradas de restos de embarcações e uma lareira. Havia alguns baús de diferentes tamanhos espalhados pela casa. Pedaços de espelhos em formato de sol e lua pendurados em vários lugares. Janelas de formato diferentes retiradas de embarcações encalhadas, algumas quase nunca eram abertas e a trepadeira cresceu sobre o vidro, o que dava uma luminosidade muito peculiar na casa, o sol entrava com várias cores, pois algumas janelas eram coloridas como vitrais. A luz entrava pelas janelas e refletia nos espelhos e pêndulos pendurados nos caibros do telhado e nas paredes e se movia lentamente pelo cômodo como um estroboscópio de discoteca. Em uma das partes da casa havia um barril com água e utensílios de cozinha sujos e outros dois tampados cheios de água limpa. Caixotes empilhados e presos a parede faziam um armário improvisado com portas tortas, mas, que não permitiam a entrada de pequenos roedores. Próximo a uma das janelas, havia pedaços de peixes cobertos de sal e ervas pendurados em um aquário sem água. Este, em contraste com as janelas, estava bem limpo. No centro da casa havia uma mesa circular. No meio da mesa havia uma tora grossa que ia do chão, passava pela mesa e chegava ao telhado. Na mesa, algumas frutas e recipientes de vidro. Há alguns metros da lareira havia uma espécie