Construção civil

Já no setor de orçamentos, a integração com o BIM teve início apenas no final de 2010, quando os primeiros orçamentistas receberam treinamento para modelar e extrair quantitativos dos modelos. O objetivo agora é que em vez de o modelo nascer na área de projetos, nasça no setor de orçamentos, no momento em que a empresa está elaborando a proposta para o contratante da obra. "[O departamento de] orçamentos tem sido muito exigido. Está todo mundo querendo construir e as respostas têm que ser dadas em dois ou três dias", comenta Sheila Nicolini.
Adolfo Ribeiro explica que o modelo 3D de orçamentos será feito em cima de um projeto preliminar de arquitetura, e por isso será também um modelo preliminar. Se fechado o contrato com o cliente, este modelo passa para a área de projetos, onde será detalhado. A transição dos quantitativos manuais para os automáticos será gradual. Até o fechamento desta edição a Matec estava tocando o primeiro projeto a ser 100% orçado por meio do modelo virtual, para homologar a solução. Além de aumentar a precisão dos quantitativos, a nova ferramenta dá aos orçamentistas maior poder de simular diferentes soluções de engenharia e pensar em alternativas tecnológicas para a obra, que podem ser testadas no próprio modelo.
Os planos da Matec não param por aqui. A construtora pretende seguir explorando as funcionalidades dos softwares e aumentar a abrangência do BIM dentro do processo construtivo. "O BIM permite fazer uso de outros benefícios, como análise de conforto térmico do modelo e consumo de energia. Essas são possibilidades que estamos vislumbrando", finaliza Adolfo Ribeiro.