construção civil
Um produto deve ser avaliado por todo o seu ciclo de vida, não se pode levar em consideração apenas uma fase de sua vida-útil, pois esta pode induzir a uma avaliação errônea do produto. É preciso analisar desde a sua fonte de matéria-prima, sua produção, distribuição, utilização e despejo. O produto deve ser analisado nestas etapas segundo os seguintes aspectos ambientais: resíduos, contaminação de solos, água e ar, consumo de energia, barulho e habitat natural.
De modo geral é preferível a opção por materiais que sejam atóxicos, produzidos a partir de matérias-primas renováveis ou reutilizáveis. A madeira é um material excelente nesse sentido, mas não se preza a todas as aplicações. Também existem diversas opções para o emprego de papéis e plásticos reciclados, na incorporação de novos componentes. Escolhas deste tipo dependem do desempenho que tais componentes devem exercer.
Outra consideração importantíssima a ser feita é a distância que os materiais devem percorrer desde sua origem até o local da obra. O transporte de grandes quantidades de materiais muito pesados pode se mostrar uma prática muito ineficiente na conservação de energia se houverem outros materiais locais disponíveis e igualmente apropriados. O uso de materiais locais tem se tornado mais popular devido à ênfase que tem se dado à inserção regional dos edifícios.
Os efeitos colaterais provocados principalmente por materiais de revestimento e acabamento tem se tornado ultimamente uma forte preocupação. O efeito cancerígeno do amianto, tanto para os que trabalham no processo de fabricação, quanto em sua utilização, tem levado à proibições e substituições em países da Europa e Estados Unidos. O uso de chumbo em algumas tintas tem sido diminuído e até abandonado, devido ao perigo de ingestão por crianças.
Os profissionais da arquitetura podem contribuir na redução de riscos à saúde, especificando materiais adequados, minimizando o uso de produtos tóxicos,