Construção civil - Oferta e Demanda
25 de agosto de 2013 | 2h 16 O Estado de S.Paulo
Em julho, a construção civil contratou no Brasil todo 4.899 empregados com carteira assinada e demitiu 344, só na região metropolitana de São Paulo (RMSP), principal mercado do País. Isso é indício do baixo nível de atividade do setor. No primeiro semestre, segundo o sindicato da habitação (Secovi), as vendas de imóveis novos cresceram, mas isso pouco influenciou as contratações de mão de obra.
Os sinais de melhora do setor, entre junho e julho, ainda são tênues, segundo a Sondagem Indústria da Construção, da Confederação Nacional da Indústria (CNI). A rigor, o indicador do nível de atividade passou, entre um mês e outro, de 44,3 pontos para 46,5 pontos, mas ambos são inferiores a 50 pontos, ou seja, estão aquém do patamar positivo. Em relação ao nível usual, a recuperação da atividade foi de apenas 0,5 ponto porcentual, de 42,3 pontos para 42,8 pontos. No mês passado, o uso de capacidade foi de 70%, apenas um ponto porcentual acima de julho de 2012.
Já as expectativas de atividade das empresas são melhores e indicam um nível de atividades acima dos 50 pontos. No caso das grandes empresas, o nível de expectativas tende à estabilidade, tanto no tocante a novos empreendimentos e serviços, compras de insumos e matérias-primas como no número de empregados. É o que mostra o levantamento da CNI, que pesquisa 549 companhias, das quais 135 grandes, 252 médias e 162 de pequeno porte.
Como revelam os números do Ministério do Trabalho sobre o emprego na construção civil, após o corte de 1,9 mil vagas com carteira assinada, em maio, houve a contratação de 2,1 mil pessoas, em junho, e de quase 4,9 mil, no mês passado. No trimestre maio/julho, o saldo líquido foi de 5,1 mil vagas, enquanto no mesmo período do ano passado haviam sido abertos 44,5 mil postos, quase nove vezes mais. Na comparação com outros segmentos, a construção civil se saiu melhor, respondendo por quase