Considerações sobre a arte pré-histórica brasileira
Como fomos acostumados a aprender, a pré-história compreende a todo aquele período que antecedeu a invenção da escrita, onde a comunicação se dava por maneira bem rudimentar e inconstante e que os seres humanos da época estavam sujeitos a constantes mutações que apareciam com as mais diversas descobertas de sobrevivência no qual estavam envolvidos. Mas apesar de todas as limitações que a época impunha, a arte dava seus primeiros passos naquilo que se chamaria mais tarde de arte pré-histórico. No período paleolítico, mais conhecido como período da pedra lascada, começaram a surgir os primeiros aparatos ferramentais que eram essenciais para a sobrevivência do homem. Nesse mesmo contexto, justamente pelo fato da comunicação ser limitada, o homem passava aquilo que sentia, ou que queria invocar através da arte visual. Foram então surgindo as primeiras pinturas rupestres, esculturas em baixo e posteriormente, alto relevo. Naqueles idos havia muito a necessidade da expressão do ato da caça, porém se percebia também que a necessidade espiritual era explícita em alguns casos. E também foi nesse meio tempo que apareceram as primeiras Vênus, esculturas de personificação feminina que simbolizavam a sensualidade e a fertilidade, dando início a uma tendência que se estenderia até o período renascentista.
No continente americano, já foram encontrados vestígios de arte rupestre desde a chegada do homem a esse território, por volta de 40 mil anos atrás, quando supostamente, o Estreito de Bering no Alasca baixou o nível dos mares em quase cem metros permitindo a passagem do homem. Tendo feita a ocupação em todo o continente, com o passar dos anos e a constante atividade nômade devido às expressivas, os primeiros vestígios humanos em terras brasileiras datam de 20 a 30 mil anos atrás. No Brasil, os principais sítios arqueológicos de destaque se encontram em Pedra Pintada, no Pará, onde a arqueóloga Anna Roosevelt encontrou