conservação de quelonios
Introdução
Os quelônios existem, aproximadamente, desde o Jurássico (250 milhões de anos) até hoje, e possuem de 211 a 335 espécies de água doce, salgada ou terrestre
(Garschagen, 1995). Durante o fim do Cretáceo e o começo do Paleoceno, os répteis sofreram uma extinção, quando muitas tartarugas de diversas famílias foram extintas (Alho, Carvalho & Pádua, 1979).
O Brasil é o principal país dentre aqueles considerados detentores da megadiversidade, possuindo, segundo estimativas, de 15 a 20% do número total de espécies da Terra. (Pough, 1998; SBH, 2008).
A Mata Atlântica concentra 65% das espécies de répteis e anfíbios conhecidas no
Brasil (Haddad, 1998, Marques et al., 1998).
Aproximadamente 20% das 278 espécies de quelônios do mundo ocorrem na
América do Sul, representando oito famílias (Dermochelyidae, Cheloniidae,
Chelydridae, Emydidae, Kinosternidae, Testudinidae, Podocnemididae e Chelidae).
Dessas, a família Chelidae, cujos representantes típicos são os animais conhecidos popularmente como cágados, é a mais rica, contando com 23 espécies, das quais
19 ocorrem no Brasil.
Os
quelônios,
animais
popularmente
denominados
de
tartarugas,
têm
características muito particulares que os diferenciam claramente dos répteis.
Encontram-se cobertos por uma carapaça muito dura, dentro da qual podem a maioria deles, recolher sua cabeça e seus membros (BlANCO et al., 1959).
Fazem parte do filo Chordata, classe Reptilia, ordem Chelonia, subordem
Cryptodira,
abrangendo
as
famílias
Testudinidae,
Chelidae,
Emydidae,
Kinosternidae e Pelomedusidae (FRANCISCO, 1997).
Muitos indivíduos são capturados para serem comercializados como animais de estimação o que, somado ao fato de seu habitat ser progressivamente invadi do e alterado pela presença e pelas atividades humanas, muito tem contribuído para a redução da população desse e de outros filos, sejam do reino animal, sejam do reino vegetal (MOLINA, 1999;