Conservação de Espécies Florestais
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INTRODUÇÃO Conservação é definida como o manejo pelo homem, da biosfera para que possa produzir o maior benefício sustentável às atuais gerações, mantendo seu potencial de satisfazer às necessidades e aspirações das gerações futuras. Neste sentido, a conservação é positiva e compreende a preservação, manutenção, utilização sustentável, restauração e melhoria do ambiente natural. A estratégia de conservação depende da natureza do material, do objetivo e do alcance da conservação. Além disso, deve-se considerar também o tempo (curto, médio e longo prazos) e o local onde será realizada a conservação (NASS et al., 2001). Há consenso entre cientistas de genética florestal, onde existe concordância que muitas espécies e ecossistemas florestais, que apresentam valioso material genético, estão seriamente ameaçados, especialmente em países em desenvolvimento e nas regiões tropicais. Não é necessário repetir aqui a crise potencial do desmatamento das florestas nativas tropicais, descrita por muitos autores (BURLEY e NAMKOONG, 1980; HARRINGTON, 1982; INGRAM, 1984; ROCHE e DOUROJEANNI, 1984; ZOBEL e TALBERT, 1984; KAGEYAMA e DIAS, 1985 apud GRIFFITH, 1987). A conservação pode adotar vários modelos, desde reservas naturais intocáveis até reservas sob diversos graus de manejo ou ainda jardins botânicos. Existe um aspecto temporal igualmente amplo, que vai desde ações emergenciais, tais como o resgate de espécies em eminente perigo de extinção até a conservação de hábitats ou ecossistemas. Da mesma maneira, existe um amplo espectro de formas e intensidades de manejo (LLERAS, 1992). Frankel (1984) apud Lleras (1992) anota "quaisquer que sejam seus objetivos, o manejo não é um conceito nacional, mas um programa ou um procedimento, executado ou pelo menos programado em nosso tempo, com um impacto esperado que deve ocorrer dentro de uma escala de tempo mensurável e previsível". Frankel (1984) apud Lleras (1992) propõe três elementos básicos de conservação: o primeiro é o