Consequências do imperialismo para o continente africano na atualidade
Desde a Antiguidade, a parte norte da África já era conhecida: ali se desenvolveram grandes civilizações, como a dos egípcios e a dos fenícios; depois, ocorreram as invasões gregas e romanas; e, na Idade Média, os árabes.
Foi somente com as Grandes Navegações (séculos XV e XVI), porém, que a grandiosidade do continente tornou-se conhecida. Os navegadores aportavam em algumas regiões e, ali, fundavam “feitorias” (cidades comerciais), onde se trocavam mercadorias européias baratas por pedras preciosas, metais e marfim. Com a colonização americana, houve a necessidade de mão-de-obra e, a partir de então, começa o processo de tráfico de escravos negros, mandados para todos os lugares onde havia necessidade de trabalho. Portanto, até quase o final do século XIX, pouco da África era conhecido e ocupado pelo europeu, somente as áreas litorâneas eram ocupadas.
No entanto, com a expansão da Revolução Industrial, a necessidade de matérias-primas era cada vez maior e muitos exploradores identificaram, no interior do continente africano, imensas jazidas minerais e recursos energéticos, como o carvão e, posteriormente, o petróleo.
Assim, os países europeus decidiram “dividir” a África entre eles, decisão esta sancionada pelo Congresso de Berlim, em 1885.
Apesar das decisões serem tomadas apenas pelos europeus. É claro que havia populações, tanto no norte (população de maioria branca, árabe) quanto no centro-sul (população constituída por grupos tribais negros). Porém, assim como os indígenas americanos, tinham uma cultura e uma organização social extremamente diferente, que favorecia a fragmentação e, consequentemente, sozinhas não conseguiam se opor aos europeus, quando tentavam eram exterminados.
Assim, a África acabou se transformando no “quintal da Europa”.
Introduziram-se as “plantations” nas áreas equatoriais e tropicais, assim como a exploração dos recursos minerais, como ferro, ouro,