consequências da chuva ácida nos ecossistemas e no património arquitetónico natural e edificado.
A acidificação do meio ambiente é um problema grave, pois ao alterar quimicamente os solos e a água, condiciona o desenvolvimento das espécies vegetais e animais, alterando o equilíbrio dos ecossistemas.
Um lago em condições naturais é um exemplo corrente e bem demonstrativo desta ocorrência. O pH da sua água está em torno de 6,5 – 7,0, podendo manter uma grande variedade de peixes, plantas e insectos, além de sustentar os animais e as aves que vivem no seu entorno e se alimentam no lago. No entanto, o excesso de acidez da água da chuva pode provocar a acidificação dos lagos, principalmente aqueles de pequenas dimensões. O pH em torno de 5,5 mata larvas, pequenas algas e insectos, prejudicando também os animais que dependem desses organismos para se alimentar. No caso do pH da água chegar a 4,0 – 4,5, já pode ocorrer a intoxicação da maioria das espécies de peixes e levá-los até a morte.
Também o solo pode ser acidificado pela chuva. Porém, alguns tipos de solo são capazes de neutralizar, pelo menos parcialmente, a acidez da chuva. Esta neutralização deve-se à presença de calcário e cal (CaCO3 e CaO) natural nos solos. Assim, solos que não têm calcário são mais susceptíveis à acidificação. A neutralização natural da água de chuva pelo solo minimiza o impacto da água que atinge os lagos pelas suas encostas (lixiviação). Uma chuva ácida provoca um maior arrasto de metais pesados do solo para lagos e rios, podendo intoxicar a vida aquática.
Um outro factor muito importante sobre a emissão de SO2 é a formação de ácidos no corpo humano, à medida que respiramos. Este ácido pode provocar problemas como coriza, irritação na garganta e olhos e até afectar os pulmões de forma irreversível. A emissão de NO2, que provém principalmente da queima de combustíveis pelos carros também pode provocar problemas respiratórios e diminuir a resistências