Consciència do corpo
Diversas são as atribuições ao termo consciência, alguns sendo usados para identificar aspectos cotidianos, e essa variedade de conceitos sobre o tema em questão proporciona ao autor o divagamento sobre o assunto, não perdendo de vista a associação que o termo “consciência” tem nos seus mais variados parâmetros. É relevante lembrar que diversos outros processos neuropsicológicos — tais como emoção, memória, cognição, sensação e percepção — integram-se com a memória, não se podendo pensar na dissociação desses mesmos processos, já que são construídos mediante uma base neurobiológica desenvolvida em uma teia neuronal complexa do ser humano dando-lhe a capacidade do “estar consciente”.
Segundo Luria (1981) as áreas corticais classificam-se em três diferentes formas: primárias, secundárias e terciárias. As “primárias” são as zonas de recepções sensoriais, como audição e visão, em virtude de uma diferenciação celular ocorrida ao longo do tempo levando à especialização de suas funções, sendo designadas por células “modais” pelo autor. As “secundárias” apresentam grau de especialização modal mais baixo, tendo função sintética já que a excitação que chega é combinada nos necessários padrões funcionais, por isso recebem, analisam e armazenam as informações recebidas do meio externo, apresentando um modelo “modal” específico para os processos gnósicos. E as áreas “terciárias”, zonas de superposição das informações sensoriais, que permitem que diversos sistemas de análise o façam sincronicamente. Portanto, a estruturação cortical descrita pelo autor serve de arcabouço neurológico do cérebro para o sistema funcional da recepção, da codificação e do armazenamento de informações. Por isso, facilmente associa-se as cadeias de interações neuronais, que são ativadas por informações externas, formando a nossa consciência, e por extensão, a consciência corporal.
Seguindo o exemplo do texto — um jogador de futebol a realizar uma