A consciência sobre o corpo na grécia antiga

A consciência sobre o corpo na Grécia antiga

O texto em discussão tem por finalidade apontar e discutir de acordo com o período arcaico (VIII a VI a.C) as concepções e definições de beleza e corpo perfeito, analisado pelos poetas mais importantes Homero e Hesíodo. Acreditava-se que para definir o belo era primeiramente necessário o papel exercido pelo homem e a maneira como se vive. É por meio da fala, dos poemas, e outras expressões que conhecemos o corpo humano dessa época, em que os homens eram guerreiros e a beleza pressupunha estabelecer as relações entre o ser e sua função, em seu corpo estão contidas a força física e a espiritual, sendo uma a expressão da outra. O modo de vida do guerreiro é impregnado pela violência com a qual ele se depara no combate com o inimigo no campo de batalha. Chamado de herói, pois suas habilidades, força física, agilidade, manipulação de armas são o que garantem sua subsistência, ele não tem ninguém que faça as coisas por ele e com ele. O herói expressa o homem e as funções para as quais ele deve estar preparado. Homero destacou que o corpo expressa sociedade. O corpo forte e poderoso era comparado ao do animal e esta era uma forma de engrandecer o caráter e a força dos guerreiros, um elogio. Ao mesmo tempo em que a comparação com os animais na questão de força e agilidade revelam um concepção de beleza, que está unida em utilidade guerreira, surge a concepção de que a beleza está em prol do combate na grandeza do ato de lutar para viver. Hesíodo no século VII demonstra um outro ideal de homem, onde a agricultura passa a ser vista como importante para a sobrevivência. E apesar do ideal do guerreiro está sendo superado, o homem ainda convive com ela, porém com a função modificada. Passaram a utilizar a guerra que era o meio de vida para garantir outros territórios. Onde serão valorizadas as atividades relacionadas ao campesinato, uma vez que o trabalho na agricultura era sinônimo de respeito, o heroísmo que antes