Conjunto residencial
Cortesia de Nabil Bonduki
O Conjunto Residencial Prefeito Mendes de Moraes, conhecido como Pedregulho, foi projetado pelo arquiteto Affonso Eduardo Reidy em 1947, para abrigar funcionários públicos do então Distrito Federal. Localizado no bairro de São Cristóvão, Rio de Janeiro, o Pedregulho compõe a fase social da arquitetura de Reidy, ao lado da Unidade Residencial da Gávea (1952) e do Teatro Armando Gonzaga (1950), em Marechal Hermes. Um dos maiores nomes da arquitetura moderna brasileira, Reidy tem grande atuação como urbanista, participando de diversos projetos para a cidade do Rio de Janeiro, desde 1929, quando trabalha com Alfred Agache na elaboração do plano diretor da então capital federal. A partir de 1932, responsável pelos serviços de arquitetura e urbanismo da Prefeitura do Rio de Janeiro, envolve-se com uma série de soluções para a área central da cidade, das quais uma das mais famosas é a urbanização do Aterro do Flamengo. O Pedregulho, elogiado por Max Bill, em 1953, e por Le Corbusier, em sua passagem pelo Brasil em 1962, marca um momento de reconhecimento internacional das obras arquitetônicas e urbanísticas de Reidy.
Cortesia de EAD/PUCV
A estética e os princípios defendidos por Le Corbusier se fazem sentir nesse projeto, no cuidado com as tecnologias aplicadas na construção, na economia de meios utilizados e nas preocupações funcionais estreitamente relacionadas às soluções formais: controle da luz e da ventilação, facilidade de circulação. Se a inspiração teórica e o método são tributários do programa corbusiano, o vocabulário plástico empregado beneficia-se das soluções de Oscar Niemeyer para o conjunto da Pampulha, em Belo Horizonte: a retomada de arcos e abóbadas, as linhas curvas e os desenhos ondulantes.
Cortesia de Nabil Bonduki
Na concepção arquitetônica do complexo, com 328 unidades, cada obra é definida por um volume simples, onde a forma