Conheça um galo de briga
Autor:Francisco Elias
Galos de briga. Muitos já ouviram falar neles mas não os conhecem. Outros, apenas vagamente os identificam e há ainda os que não os querem ver nem pintados, ignorando o valor que essas aguerridas aves prestam e vêm prestando à avicultura moderna. Sem mais nem menos, colocam-se num mundo de condenações ao esporte onde eles são peças atuantes, isso, apenas por uma simples posição em ignorar e combater, sem que pelo menos vislumbre um alvo arrazoado para essa atitude. Se dermos ao trabalho de dialogar com tais criaturas nos convenceremos em pouco tempo de que a maioria nem mesmo sabe diferençar um galo de uma galinha e, possivelmente, só ouviu cantar uma dessas aves através de algum filme nos canais de televisão. Não podemos culpá-las por isso, já que a sociedade moderna e o crescimento demográfico nos impõem costumes e normas irredutíveis, acomodando densas populações em blocos de cimento armado e onde já se torna privilégio desfrutar a vida dos campos apenas nos fins de semana. O que não se pode admitir, entretanto, é que essas mesmas pessoas, sem nenhum conhecimento de causa, possam se lançar num campo de condenações a uma diversão muitas vezes milenar, valendo-se de flagrante insegurança de argumentos e conseqüente falta de lógica para impor seu “idealismo”.
Sabemos que as brigas de galos constituem esporte dos mais antigos. As primeiras citações de que temos notícias nos vêm da China e do Código de Manu, há mais de 4.000 anos de nossa época. Em período mais recente, o historiador Dehpster, no ano 1642, em suas anotações sobre Rosini Antiquit, assegura que os galos de rinha eram oriundos da Pérsia, coincidindo com os dizeres de Aristófanes que por duas oportunidades se referiu a eles.
As rinhas de galos foram e ainda são passatempo de todos os povos desde épocas muito remotas. Plínio, em várias de suas obras, refere-se a torneios que se realizavam todos os anos em Pérgano. Petrônio também se refere a