Conhecimento para Platão
Também conhecido como o filósofo das ideias, Platão defendia o Inatismo, ou seja, nascemos como princípios racionais e ideias inatas. Conforme sua filosofia, a origem das ideias surge através por dois mundos: o mundo inteligível (o mundo das ideias), que é o mundo que nós, antes de nascer, passamos para ter as ideias assimiladas em nossas mentes e o mundo sensível (que é o mundo perceptível pelos sentidos).
Segundo sua descrição, no início dos tempos, havia apenas as ideias (o Bem, a Verdade, o Humano, etc.) até que um ser supremo, chamado Demiurgo, decidiu criar coisas a partir das mesmas. Essa teria sido a origem do mundo e de tudo que há nele (as pessoas, as sociedades, os costumes, e assim por diante). Para Platão, as obras do Demiurgo foram ricas, porém imperfeitas: baseavam-se em ideias perfeitas, mas eram apenas cópias.
A partir daí, segundo o filósofo, qualquer compreensão adequada sobre as coisas do mundo sensível deveria extrair as suas imperfeições e chegar até a sua essência, chegar até o seu ideal.
Para Platão existem quatro formas ou graus de conhecimento que são a crença, opinião, raciocínio e indução. Para ele as duas primeiras podem ser descartadas da filosofia, pois não são concretas, sendo as duas últimas são as formas de fazer filosofia. Segundo ele, tudo se justifica através da matemática e através dessa que nós chegamos à verdade. Para Platão o conhecimento sensível (crença e opinião) é apenas uma da realidade, como se fosse uma visão dos homens da caverna do texto “Alegoria da Caverna” e o conhecimento intelectual (raciocínio e indução) alcança a essência das coisas, as ideias.
Cada opinião emitida é questionada até que se chegue à verdade.
Platão, assim como seu mestre Sócrates, acreditava que o conhecimento estava na pessoa, bastava exercitar ou refletir para “relembrar” as respostas dos questionamentos.