conhecimento cientifico revolução cientifica
MANUSCRITO
“A Estrutura das Revoluções Científicas, de Thomas Kuhn”.
28/03/2014
Segundo Kuhn, toda ciência madura atravessa dois estágios, um aparentemente estável e um outro completamente instável, imprevisível e revolucionário. O primeiro estágio é denominado de ciência normal. É a ciência determinada segundo as regras e modelos de um paradigma ou de uma tradição de pesquisa científica; neste estágio, o trabalho dos cientistas não vai além do que esclarecer e elucidar conceitos fundamentais de maneira acrítica e doutrinária. Tais regras da ciência normal não são apresentadas no sentido de um conjunto de métodos que prescreverão a pesquisa científica, mas como práticas convencionais que serão adotadas e condicionadas a fatores sociológicos e culturais. O conceito de paradigma foi alvo de críticas e mal-entendidos devido a uma série de imprecisões, obrigando Kuhn, em 1969, a incluir o referido posfácio, onde estabelece definitivamente o que quer dizer quando usa o conceito. Kuhn defende que um paradigma científico é um conjunto de crenças, técnicas e valores compartilhados por uma comunidade que serve de modelo para a abordagem e soluções de problemas. A ciência normal é encarregada de apresentar e resolver as questões que surgem no interior do paradigma. É importante ressaltar que todos os problemas surgem e serão resolvidos apenas dentro de um determinado paradigma e que diferentes paradigmas apresentam diferentes questões e diferentes soluções. Não existe um método científico que determina as práticas da investigação científica, mas sim um conjunto de regras que são relativas, cada uma, a diferentes paradigmas. Enquanto houver problemas cujas soluções encaixam-se no que prevê o paradigma, a ciência normal funciona adequadamente. Entretanto, quando começam a aparecer problemas que divergem totalmente das expectativas esperadas, o paradigma original começa a enfraquecer e uma nova concepção de mundo começa suceder à antiga