confucionismo
China resgata pensamento do mestre do século 5 a.C.
Estátua de Confúcio em Salvador (BA), doada pela província de Shandong, terra natal do filósofo Com as Olimpíadas de Pequim, os olhos do mundo inteiro estão voltados para a
China, para seu desenvolvimento econômico, sua capacidade de inserção na sociedade global contemporânea, para sua modernidade. A China parece ter-se tornado o país do futuro. No entanto, imbuído talvez de um sentimento nacionalista que busca as próprias raízes para afirmar sua identidade, o olhar da China tem se voltado para o passado.
Confúcio - um pensador chinês que viveu há 2.500 anos, cujo pensamento foi taxado de reacionário pelo Partido Comunista Chinês - está sendo reabilitado pelo regime do presidente Hu Jintao, que tem recorrido à idéia confuciana de uma "sociedade harmônica" para referir-se à China de hoje. O governo da província de Shandong anunciou em março de 2008 a construção da "Cidade Simbólica da Cultura Chinesa" em Qufu, a cidade natal de Confúcio, que abrigaria museus e instituições destinadas a preservar a memória e o ensinamento confucionista.
Além disso, a República Popular da China já está se encarregando de difundir a cultura chinesa - moldada pelo confucionismo - mundo afora. Em 27 de julho, por exemplo, foi firmado o convênio para o estabelecimento do Instituto Confúcio em São Paulo
(SP), uma iniciativa que une o governo chinês, a Universidade de Hubei e a
Universidade Estadual Paulista (Unesp). O Instituto estará voltado para o ensino do mandarim, o idioma oficial chinês, e a difusão da cultura chinesa no Brasil.
Confucionismo
O fenômeno não se esgota aí. O confucionismo ganha espaço nos currículos educacionais chineses, é tema de debates em fóruns da internet e nas universidades do país. O mais recente sucesso editorial na China, com 10 milhões de exemplares vendidos, é uma reflexão sobre os ensinamentos de Confúcio.
Diante de tudo isso, é o caso de se perguntar,