MEDIDAS PARA AUMENTAR O CONFORTO ACÚSTICO À ESCALA DO PLANEAMENTO URBANO As atividades humanas – especialmente nas cidades onde são mais intensas – são caracterizadas por elevados níveis de ruído, provenientes de uma vasta diversidade de fontes, mas, na sua grande maioria, o ruído na cidade é causado pelo tráfego (um dos principais causadores de ruído urbano). A forma dos edifícios, os materiais e as texturas que os revestem, a relação volumétrica entre eles, a proximidade de arruamentos e outros canais de tráfego urbano amplificam ou atenuam o ruído. Quem planeia o espaço urbano define automaticamente muitos dos parâmetros que determinam a qualidade acústica que este, depois, proporciona aos seus utilizadores. É certo que há áreas na cidade, em que os usos dominantes toleram níveis mais elevados de ruído do que outras. Em contextos urbanos destinados também ao uso habitacional, é essencial que o ruído seja menos intenso, porque os utilizadores dos edifícios carecem de condições de conforto acústico que promovam saúde e bem-estar e que lhes permitam desenvolver as suas atividades de uma forma digna e confortável. Sempre que possível, é importante orientar os edifícios habitacionais para espaços públicos nos quais o nível de ruído seja menos intenso. Como exemplo serve um edifício que faz parte do Plano de Pormenor Projeto Urbano Parque Oriente o qual, dividido na vertical longitudinal, tem todos os apartamentos orientados a Sul e os escritórios orientados a Norte – encontrando-se a avenida do lado Norte e a praça pública e pedonal do lado Sul. Para minimizar as áreas de circulação comuns, colocou-se apartamentos duplex, com acessos desencontrados dos escritórios, também duplex. Desta forma, os espaços de escritórios protegem o uso habitacional das fontes de ruído da via com tráfego intenso. Na atenuação e redução do ruído proveniente do exterior, o papel da envolvente do edifício continua, sem dúvida, importante sem poderem ser esquecidas as características