Conflitos armados no mundo
Conflito entre árabes e judeus é relativamente recente, ao contrário do que muitos acreditam. Até o final do século XIX, judeus e diferentes povos árabes viviam como "primos" (o que supõe claro, conflitos ocasionais), e não só no Oriente Médio. A convivência se estendeu, por exemplo, à Espanha, ocupada pelos árabes até o fim do século XV. Os problemas ganharam corpo com a crise dos grandes impérios, ao término do século XIX, que permitiu o avanço de inúmeros movimentos nacionalistas. Isso tanto no Império Russo como no Império Turco-Otomano e no Império Austro-Húngaro.
Entre os novos movimentos estavam o nacionalismo árabe, que defendia a criação de um grande Estado árabe independente dos turcos; e o movimento sionista, defensor da volta dos judeus à Palestina - dispersos por todo o mundo desde a destruição de seu Estado independente, no início da era cristã.
A 1ª Guerra Mundial (1914-1918) selou o fim dos grandes impérios e redesenhou o mapa do Oriente Médio, que antes era dominado pelos turcos. Os ingleses receberam um mandato da Liga das Nações para ocupar por 30 anos o atual Iraque, Jordânia e Palestina. A França ficou com o que hoje são a Síria e o Líbano. Entre os judeus, a maioria vivendo na Europa Oriental e na América do Norte, o sionismo era bastante minoritário. As correntes políticas mais fortes eram as compostas pelos socialistas - defensores da integração dos judeus à luta dos trabalhadores contra o capital -, pelos liberais - favoráveis à integração da população judaica em cada país -, ou, ainda, pelos religiosos ortodoxos.
O problema é que, para conquistar o apoio dos árabes contra os turcos na 1ª Guerra, assim como o respaldo dos judeus nos impérios Russo e Austro-Húngaro, e também nos Estados Unidos, a Grã-Bretanha prometeu