Conflito Separatista do Kosovo
Kosovo, considerado território autônomo, era habitado por 2 milhões de pessoas, sendo que 90% da sua população era de origem albanesa. Entretanto, em 1989, o poder central da Sérvia adotou medidas rígidas nesse território, proibindo o ensino da língua albanesa e o direito de uma polícia própria. Com o fortalecimento do movimento separatista armado, liderado pelo ELK (Exército de Libertação de Kosovo), o então presidente da Iugoslávia, Slobodan Milosevic, reagiu com violência, promovendo um massacre à população civil de origem albanesa, numa tentativa de limpeza étnica. Em represália, vários sérvios residentes em Kosovo passaram a ser perseguidos pela população local, intensificando ainda mais os conflitos.
A Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) tentou, em 1999, um acordo pacífico para o fim do conflito, porém Slobodan Milosevic negou o acordo. A resposta foi dada através do envio de tropas da Otan para o confronto com os iugoslavos. Esse fato ficou conhecido como a guerra de Kosovo e só teve fim após 78 dias de intensos bombardeios e milhares de mortes.
Desde então, Kosovo busca obter sua independência e reconhecimento como Estado-Nação. Após muitos anos em guerra, além de muitas mortes e refugiados, no dia 17 de fevereiro de 2008 foi aprovada (por 109 votos a zero) a declaração de independência de Kosovo. Porém, representantes políticos da Sérvia alegam que o país nunca reconhecerá a independência de Kosovo. A Rússia, aliada histórica da Sérvia, também é contrária ao processo de independência kosovar. Esse fato pode gerar consequências negativas no âmbito político, social e econômico entre os países vizinhos, fortalecendo as rivalidades étnicas na região.