Conflito israelo-palestiniano
O conflito israelo-palestiniano é a designação dada à luta armada entre israelitas e palestinianos, sendo parte de um contexto maior, o conflito israelo-árabe. As raízes remotas do conflito remontam aos fins do século XIX quando colonos judeus começaram a migrar para a região. Sendo os judeus, um dos povos do mundo que não tinham um Estado próprio, tendo sempre sofrido por isso várias perseguições, foram movidos pelo projecto do sionismo, cujo objectivo era refundar na Palestina um estado judeu. Entretanto, a Palestina já era habitada há séculos por uma maioria árabe o que despoletou vários conflitos que duram até aos dias de hoje.
O inicio
As tensões entre judeus e árabes começaram a emergir a partir da década de 1890, após a fundação do movimento sionista formando e aumentando comunidades judaicas na Palestina, quer por compra de terras dos otomanos, quer por compra directa a árabes proprietários de terrenos. No século XIX, quando propagava a ideia da migração em massa para o Médio Oriente, o movimento sionista criou um slogan famoso: "a Palestina é uma terra sem povo para um povo sem terra" com o propósito de fazer os judeus pensar que não havia ninguém a habitar aquele território. Esta acção enfureceu os árabes palestinianos que já habitavam na região. Estabeleceram-se assim comunidades agrícolas nas terras históricas da Judeia e de Israel, que eram então parte do Império Otomano. Contudo, “muitos sionistas ignoravam o facto de que a Palestina era habitada por mais de meio milhão de árabes no início do século 20 e que, para eles, aquela terra era o seu lar", diz o relatório de "Origens e Desenvolvimento do Problema Palestino", elaborado por especialistas e observadores da ONU na década de 80.
Durante a 1ª Guerra Mundial, o Ministro Britânico de Relações Exteriores, Arthur Balfour, emitiu o que ficou conhecido como a Declaração de Balfour, onde escreve que: "O governo de Sua Majestade encara favoravelmente o estabelecimento na Palestina de