Configurando O Mercado Europeu Na Era Pr Industrial
O artigo do autor Christiaan Van Bochove, tem como objetivo analisar e demostrar como a geográfia econômica determinava a forma dos mercados primários e secundários , e é a chave para entender o porque alguns mercados eram líquidos em certas áreas e outros não, examinar o funcionamento eficiente da estrutura do mercado secundário holândes na década de 1970 e qual foi o impacto desta para a evolução financeira.
PUBLIC DEBT AND INVESTORS
A Holanda era dentre as províncias, a mais importante emissora de dívidas públicas, e estas eram coordenadas e emitidas por serviços fiscais locais, a maioria das dívidas eram emitidas em Amsterdã ou em Haia. Essa divisão geográfica do mercado primário proporcionou diversas vantagens para a província e os investidores. As dívidas ficaram mais acessíveis, fazendo com que sua emissão ficasse mais interessante e conveniente para os investidores, e assim permitindo que a província utilizasse as receitas fiscais locais para pagamentos de interesse locais.
O mercado secundário holândes, devido às suas caracteristicas, desenvolveu-se de maneira diferente do mercado inglês. O mercado inglês se tornou líquido tanto pelo amplo público, mas também porque os fundos eram emitidos e transferidos unicamente em Londres. Porém enquanto os investidores ingleses tinham que confiar no mercado para venderem seus fundos, investidores holandeses tinha a possibilidade de oferecer suas contas para os recebedores fiscais locais, que administravam as dívidas e pagamento de juros. Consequentemente, os mercados secundários britânicos permaneciam de certa forma fracos, enquanto Amsterdã e Haia eram os únicos que ofereciam pontencial para o mercado.
O comportamento de comprar para manter que surgiu no seculo 17 tornou os mercados ainda mais fracos. Após a guerra da sucessão espanhola, Holanda alcançou seus limites fiscais e emitiu poucas dívidas até o século 18. Com as altas taxas de juros, as