Condições pos modernas
Ancelmo Pereira de Oliveira*
Atualmente, a categoria pós-modernidade incorporou-se ao vocabulário de muitas pessoas que lhe atribuem diferentes sentidos. O termo nasce sob o prisma da crítica. Muitos intelectuais reagiram com animosidade à proposição epistemológica contida no espectro categorial do termo. Os apologistas da pós-modernidade, pouco a pouco, foram encontrando mecanismos de persuasão ideológica e metodológica a ponto de termos, hoje, um considerável séquito de indivíduos seduzido pelo substrato diretivo presente nessa nova percepção de mundo, amplamente alocada no meio acadêmico. Não obstante, a pós-modernidade, com tudo o que ela representa e sugere no nível das construções teóricas e práticas, ainda encontra resistências significativas, sobretudo por parte dos intelectuais, cujo arcabouço teórico teve seu nascedouro nos fundamentos sistêmicos da modernidade. Essas duas posturas soam para anos como um convite sugestivo a retomarmos, em forma de análise, o significativo trabalho intelectual de David Harvey, intitulado: “Condição Pós-moderna”. Seguramente, constitui uma obra alocada entre os primeiros grandes clássicos a discutir esse tema. Tendo em vista a forma sistemática e didática com que o tema em questão é abordado, vale a pena resgatar os pressupostos dessa obra que servem como referência para quem deseja lançar sobre nosso tempo um olhar interpretativo. A obra é organizada em quatro capítulos. Neles, o autor leva o leitor a um caminho reflexivo sobre o conjunto de situações construídas no espaço e tempo do homem contemporâneo, com resultados efetivos em suas ações cotidianas, movimentadas por uma nova dinâmica da ordem financeira.
Mestre em Educação pela Universidade Federal de Santa Catarina (Ufsc); Especialista em História do Brasil pela Universidade do Oeste de Santa Catarina (Unoesc); Rua Getúlio Vargas, n. 2125, Bairro Flor da Serra; CEP 89600-000;