Condicionamento pré-imaginal
Condicionamento Pré-imaginal é uma característica que alguns insetos apresentam, e que consiste no fato dos adultos preferirem se alimentar ou ovipositar na variedade (ou planta) da qual se alimentou anteriormente (LARA, 1979).
O condicionamento pré-imaginal tem sido objeto de debate desde o surgimento do chamado princípio de “Hopkins” ou princípio da “seleção hospedeira” no século passado, que enfatiza a hipótese do inseto em sua fase pré-imaginal (pré-imago ou imatura) adquirir preferência para ovipositar em substratos pelo qual se desenvolveu anteriormente (BARRON & CORBET, 1999; BARRON, 2001; LI & LIU, 2004).
Segundo HOPKINS (1916) uma espécie que se reproduz em dois ou mais hospedeiros vai preferir continuar se reproduzindo no hospedeiro ao qual está mais adaptado. HOPKINS faz uma abordagem evolutiva do tema, chegando a esta conclusão a partir de observações feitas na dissiminação de Dendroctonus monticolae, também conhecido por Dendroctonus ponderosae, o besouro do pinheiro de montanha, que em áreas mistas de pinheiros, preferia claramente atacar o pinheiro contorta do que o pinheiro amarelo, embora ambas as espécies fossem adequadas para seu desenvolvimento (HOPKINS, 1916, 1917).
O pricípio de HOPKINS tornou-se profundamente entrelaçada com a noção de que a preferência para oviposição era advinda de uma "memória" de hábitos alimentares da fase de larvas e as duas idéias foram apresentadas como uma tese única (PHILLIPS, 1977).
Este princípio muitas vezes tem sido questionado (MONTEITH, 1962; JAENIKE, 1982; COURTNEY & KIBOTA, 1990; VAN EMDEN et al., 1996). Em insetos holometábolos a reorganização do sistema nervoso durante metamorfose é tão dramática que é difícil de se imaginar como uma base neural poderia persistir. Em Drosophila, os órgãos do sentido dos adultos são formados de novo a partir de discos imaginais (CARLSON, 1991).
TULLY et al. (1994) usando Drosophila, RAY (1999) usando Musca domestica e