Concursos Biblioteconomia - lei de bradford
REFORMULAÇÃO
CONCEITUAL*
Lena Vânia Ribeiro Pinheiro
Chefe do Centro de Informação em
Ciência da Informação - CCI/IBICT
1 - INTRODUÇÃO
O Homem sempre foi movido pela curiosidade, ânsia e necessidade de conhecer e dominar a natureza.
Nesse sentido, a Ciência é quase tão antiga quanto o próprio Homem, embora, nos seus aspectos formais, seja mais recente. A imprensa do tipo móvel surgiu aproximadamente em 1450. O periódico científico data do século XVII, mas só a partir da U Guerra
Mundial, com a explosão bibliográfica e, na década de
60, através de estudos de Ciência da Informação, vem sendo objeto sistemático de pesquisa, no campo da comunicação científica.
A comunicação na Ciência integra essa "nova disciplina científica que estuda a estrutura e propriedade da informação científica, bem como as regularidades de atividades de informação científica, sua teoria, história, métodos e organização"1.
A existência e o exercício da Ciência estão condicionados à sua função social, que pressupõe a comunicação ou o "conhecimento público"2.
* Síntese da dissertação aprovada pela UFRJ/IBICT para obtenção do grau de Mestre em Ciência da Informação, em abril de 1982. Orientadora :Gilda Braga, PhD.
Ci. Inf., Brasília, 12(2): 59-80, jul./dez. 1983.
RESUMO
A lei de Bradford, mesmo com reformulações de outros autores, não corresponde, ainda, à realidade do comportamento da literatura científica.
Pretende-se alterar a parte conceituai, independentemente de sua representação matemática e gráfica, para modificar um dos aspectos da formulação teórica. Introduz-se o conceito de produtividade relativa e compara-se com o de produtividade absoluta, mostrando-se as alterações ocorridas. Confirma-se a hipótese de que o núcleo de periódicos não é formado pelos mais devotados, e sim pelos mais produtivos num determinado tempo.
Ressalta-se as conseqüências das distorções da lei, sobretudo para a política de aquisição.