Concretagem submersa
ESTRUTURAS: Estacas escavadas de concreto armado, com diâmetro de 1,10m e 1,30m, executadas
com concreto submerso.
OBSERVAÇÃO: Concreto com baixa resistência no topo das estacas. Poroso e misturado com lama.
ESQUEMA: Adaptado da ABEF = Associação Brasileira de Empresas de Engenharia de Fundações e
Geotecnia
Estacas ou Paredes diafragma.
Depósito de
Lama
Bentonita
Bomba
Lama de
Bentonita
Tremonha para lançar o concreto submerso
Concreto
Início da execução de uma concretagem submersa
Depósito de
Lama
Bentonita
Bomba
Borra = Concreto misturado com bentonita e solo
Concreto
Final da execução de uma concretagem submersa
Bentonita é uma argila composta pelo mineral montmorilonita, cuja microestrutura é composta de
“folhas” superpostas. “Folhas” de tetraedros de sílica (54%) e “folhas” de octaedros de alumina (16% a
20%). A bentonita no Brasil também contém óxidos de ferro(10%), óxido de magnésio (2 %), óxido de potássio (1%) e óxido de sódio (0,5%).A bentonita extraída no Estado da Paraíba tem pouco sódio. Para corrigi-la e transformá-la em sódica, os fabricantes de bentonita ativam-na com carbonato de sódio
(Na2CO3). A microestrutura em folhas da bentonita sódica tem uma grande capacidade de inchamento, quando misturada com água. Inchamento que atinge até 20% do volume inicial.
EXEMPLO NO 166 (continuação)
CAUSAS: São duas as causas para a ocorrência de um concreto ruim no topo das estacas:
1. Mistura do concreto submerso com a lama bentonítica sobrejacente e com resíduos de solo, formando uma borra, sem resistência.
2. A subida de parte da água do concreto para o topo da estaca. É a exsudação ( bleeding), formando um concreto com elevado fator água/cimento, com baixa resistência. Esse fenômeno da exsudação já é conhecido há muito tempo.Em seu livro “The properties of fresh concrete”, de 1968, T. C. Powers mostra a existência dessas 3 zonas nos concretos, causadas pela exsudação:
• A zona superior com muita água e densidade e resistência