Concordância nominal e coesão
Leitura e Produção Textual I |Período | | A concordância nominal como condição para a coesão textual.
Parte I: Regra básica
Quando escrevemos precisamos harmonizar os elementos textuais entre si dentro do texto. Essa sintonia entre os elementos é um dos requisitos que o produtor textual deve cumprir para garantir a interação do leitor com o texto. Para assegurar essa lógica intrínseca nos enunciados, o produtor deve levar em consideração as regras de concordância (nominal e verbal) no ato de elaboração de seu texto. Embora tais regras não resolvam todos os casos de concordância da Língua Portuguesa pelo fato da língua ser dinâmica e sofrer alterações também na estruturação dos enunciados, elas constituem um referencial para o usuário brasileiro. Desconsiderá-las, em alguns casos, pode gerar sérios problemas de ambiguidade, conforme pode ser provado no exemplo a seguir:
João e Maria são irmãos. Eles passaram a habitar a mesma casa desde que os pais faleceram. Ambos trabalham e recebem mensalmente o mesmo salário. Seguindo os ensinamentos dos pais, dividem igualmente as tarefas e as despesas domésticas. Assim sendo, ele têm uma vida tranquila.
Observe que a ausência do S no pronome sublinhado gerou um problema de ambiguidade. O leitor sabe que o acento circunflexo no “ter” ocorre somente quando o referido verbo é conjugado na terceira pessoa do plural. O pronome que o antecede se encontra no singular. Frente a essa constatação, o leitor tende a perguntar: O produtor textual acentuou errado? Somente João tem uma vida tranquila? A vida de Maria é intranquila? O produtor não revisou o texto? O produtor desconhece as regras de Concordância? Por que anteriormente, o produtor efetuou corretamente a concordância?
Leia este outro exemplo:
Clara e Alice são gêmeas idênticas. Ela é linda.
Observe como a pluralização presente no primeiro enunciado é interrompida no segundo. O uso do