Conclusão
Para que haja um avanço nas discussões sobre o cuidado, é necessário que o trabalhador adote a postura de colocar-se no lugar do ser que é cuidado para sentir quais são suas reais necessidades, e que o contexto familiar e institucional sejam reorganizados, garantindo conforto, resolutividade e atendimento humanizado para os protagonistas do cuidado, seres que cuidam e seres que são cuidados. Assim, acontece o “cuidado humanizado” ou seja, o cuidado propriamente dito, a criação da empatia entre cuidador e ser cuidado, cada um colocando-se no lugar do outro e pelo menos, tentando entender o que se passa naquele momento na vida daquele indivíduo. È realizar a reflexão de que se deve cuidar do outro como se o cuidado fosse para ele próprio. “Não faça ao outro aquilo que você não gostaria que fosse feito a você”, é uma frase bastante conhecida, mas muitas vezes, pouco praticada.
As pessoas devem expor suas idéias, processarem os seus pensamentos, e por que não construir um espaço democrático de escuta e encaminhamentos para as discussões surgidas, propor e promover ações que possam colaborar com as relações entre profissionais da saúde/ usuários/ instituições/ cuidadores.
Assim como Zauhy; Mariotti (2002, p. 53), concordamos que “muitas vezes a saúde, a cura, a prevenção, depende de tantos fatores, que não estarão em nossas mãos, porém o acolhimento e o cuidado – estes sim, sempre possíveis – mesmo que não possam curar a patologia, poderão, antes de tudo, “curar” a desumanidade, uma doença que está nos matando a todos”.
Há muito que se pensar, eis aqui mais um desafio a ser enfrentado pelos “profissionais da saúde” em busca de deixar para trás qualquer vestígio da presença dos “profissionais da doença”.
ZAUHY, C.; MARIOTTI, H. O pensar: considerações éticas. In: ZAUHY, C.;
MARIOTTI, H. Acolhimento: o pensar o fazer o viver. São Paulo: Secretaria
Municipal de Saúde,