Conciência negra
Por meio das reflexões de Ilse Scherer-Warren um movimento social é “um grupo mais ou menos organizado, sob uma liderança determinada ou não; possuindo programa, objetivos ou plano comum; baseando-se numa mesma doutrina, princípios valorativos ou ideologia, visando um fim específico ou uma mudança social”. A Consciência Negra é um movimento social sobre a luta dos afrodescendentes para resolver os problemas da sociedade em que vivem – já que estão envoltos por preconceitos e discriminações raciais que os marginalizam no meio social, no mercado de trabalho, no sistema educacional e nos meios político e cultural. Esse movimento também aponta para o reconhecimento das minorias, qualquer que seja ela, e o estabelecimento de condições de igualdade econômica entre os povos. Aponta para um movimento mundial de estabelecimento de paz, igualdade econômica, fim dos racismos, sectarismos sociais e intolerâncias entre os seres humanos. O Brasil, ao longo de sua história, no aspecto legal, teve uma postura ativa e permissiva diante da descriminação e do racismo que atinge a população de afrodescendentes até hoje. Nesse sentido se analisarmos os dados que apontam as desigualdades entre brancos e negros na educação, podemos constatar a necessidade emergencial de políticas específicas para reverteram o atual quadro.
O governo federal, impulsionado por esse movimento social, passou a redefinir o papel do Estado como transformador, ou impulsionador da transformação social necessária, reconhecendo as discrepâncias nas leis que regulamentavam a nossa sociedade e observou a necessidade de intervir de forma positiva, assumindo o compromisso de eliminar as desigualdades raciais, dando importantes passos rumo à afirmação dos direitos humanos básicos e fundamentais da população negra brasileira.
Uns dos primeiros passos para acabar com preconceito e a discriminação foi a criação da Lei no 10.639, instituindo obrigatoriamente o ensino de História