Concepções filosóficas do serviço social
Procurando entender a história da formação do assistente social, listamos as mais influentes concepções filosóficas que influenciaram sua trajetória:
A primeira teoria, preconizada pela Igreja Católica, foi a filosofia neotomista, que acreditava que “ o homem, por ser pessoa, é dotado de inteligibilidade e pode superar sua própria condição, caso esta seja precária em termos materiais e espirituais, fortalecendo-se para sua realização enquanto pessoa humana”. Partindo desse pressuposto, os assistentes sociais idealizavam um projeto societário educativo que contemplasse as duas dimensões do homem: o corpo e a alma e recusavam o comunismo e o liberalismo. Seu objetivo era a reeducação de valores morais e obediência aos princípios cristãos, assegurando-se as mínimas condições de bem-estar social.
Na segunda metade do século XIX, surgiu o positivismo. Seu fundador, Auguste Comte postulava que a sociedade deveria ser reconstruída através de uma reforma intelectual do homem. Sua influência no Serviço Social foi a noção de equilíbrio e regularidade conferindo-lhe a noção de normalidade. O que ocorre fora dos padrões de normalidade torna-se patológico ao sistema social.
O funcionalismo concebia a sociedade como sendo constituída por subsistemas (estruturas) que funcionam de modo interdependente. Cada indivíduo exerce uma função específica na sociedade e sua má execução significa um desregramento da própria sociedade. O funcionalismo transposto para o Serviço Social busca a integração do homem ao meio social em que vive, pois o indivíduo não ajustado corresponde a uma disfunção no sistema social.
A concepção fenomenológica buscava apreender a essência, a estrutura de sua significação. Estudava os fenômenos a partir daquilo que se mostrava por si mesmo.
A concepção marxista influenciou sobremaneira o Serviço Social, principalmente na década de 60, trazendo uma nova compreensão