CONCEITO DE MÚSICA EM ETNOMUSICOLOGIA PARA UM CONCEITO MAIS AMPLO DE MÚSICA EM MUSICOTERAPIA
ESPECIALIZAÇÃO EM MUSICOTERAPIA
CONCEITO DE MÚSICA EM ETNOMUSICOLOGIA PARA UM CONCEITO MAIS AMPLO DE MÚSICA EM MUSICOTERAPIA
Aluna:
Disciplina: Cultura Brasileira
Prof. Max Carneiro
OLINDA
2013
Introdução
A musicoterapia é uma disciplina recente. Na sua constituição como ciência, os paradigmas científicos são a sustentação para o desenvolvimento de suas teorias e práticas. Ou seja, cada teoria e cada prática são baseadas em uma visão de homem, de mundo e das suas relações. Para que um musicoterapeuta venha a se constituir como um bom profissional, é necessário, para além das habilidades que uma formação musical possa dar, que ele não apenas aprenda a "utilizar as técnicas e procedimentos próprios à práxis da musicoterapia e realizar avaliações sistemáticas com vistas a assegurar a eficácia do tratamento" (CUNHA; ARRUDA; SILVA, 2010 p.22 apud BRUSCIA, 2000), mas compreenda que a Musicoterapia vem construindo seu campo epistemológico. Piazzetta (2006) comenta que toda a formação em Musicoterapia é um grande desafio, tendo em vista que "é muito significativa a quantidade de possibilidades de relações e interações entre áreas de conhecimentos necessárias para a concepção de um campo teórico" (p.74) Esses conhecimentos serão fundamentais para uma prática clínica consciente, pois a Musicoterapia não é simplesmente a utilização da música, mas a utilização de “experiências musicais” (BRUSCIA, 2000) e o setting musicoterapêutico, na visão de Craveiro de Sá (2003), é um espaço inter-relacional dinâmico onde inexiste a predominância de uma linguagem específica, mas que se caracteriza pela produção de um regime híbrido de signos musicais e não-musicais: silêncios, sons, músicas, tempos, gestos, corpos, movimentos e palavras que expressam/comunicam, gerando afetos, desejos, idéias, sentimentos, intenções. Dessa forma, as necessidades e as características da clínica