Conceito de beleza: barroco e maneirismo, contemporaneidade
Tanto o Barroco quanto o Maneirismo rompem com os parâmetros clássicos, ainda fortes no Renascimento, para propor ideias mais particulares e menos estagnadas do que é belo. Inquietação, subjetividade e mais espontaneidade são elementos associados ao conceito de beleza. “A beleza não é uma qualidade das próprias coisas; existe apenas no espírito de quem as contempla e cada um percebe uma beleza diversa.” define David Hume, filósofo e historiador escocês. Agora, para ser bonito, não basta ter proporção e formosura, dois conceitos menos concretos e palpáveis, que abraça também elementos como espiritualidade, o fantástico e as emoções. A complexidade é valorizada e há um refinamento evidente nas obras. No barroco, a beleza não era associada apenas à questão da forma física, mas ligada ao comportamento e a adornos não naturais, como as maquiagens, perfumes, roupas e penteados, diferentemente do que ocorreu no romantismo, quando a beleza se relacionava ao melancolismo, sofrimento, além das mulheres aparentarem ser mais delicadas e frágeis.
CONTEMPORANEIDADE:
Na época contemporânea, “a beleza entra na ditadura da felicidade e passa a ser um instrumento para alcançá-la. É a senha para o sucesso profissional, o reconhecimento social e o entendimento amoroso”, segundo Marcus Vinícius de Morais, da Unicamp. Como o belo corpo se transforma em objeto de consumo e pode ser adquirido com cosméticos, procedimentos estéticos ou cirurgias, a juventude passa a viver a era Barbie, de culto à magreza e a à alegria constante. A tecnologia avança no sentido de atender essa demanda social, nunca tão valorizada em nenhum outro período histórico. No século XX a beleza feminina muda bastante, durante décadas foram considerados como padrões as cinturas finas, aspectos retilíneos e clássicos, formas masculinizadas, a magreza, os músculos definidos e as curvas com aparência saudáveis e naturais. No tempo presente é comum utilizar recursos para modelar o corpo