Comunidades em tempos de redes
Cicilia Maria Krohling Peruzzo•
Resumo Este estudo procura entender o que vem a ser comunidade nos dias atuais. Parte dos conceitos clássicos de comunidade, analisa o que são comunidades virtuais e os novos tipos de comunidades no contexto dos movimentos sociais. É baseado em pesquisa bibliográfica. Conclui que há alterações fundamentais nas dimensões conceituais de comunidade, como a noção de territorialidade geográfica, antes tida como um elemento central na configuração de uma comunidade e que nos dias atuais foi superada pelas novas possibilidades de interação através da CMC – Comunicação Mediatizada por Computadores. Contudo, vários aspectos constitutivos de comunidade trazidos pelos autores clássicos continuam tendo validade conceitual.
Introdução
Neste breve estudo procuramos entender o que caracteriza uma comunidade no mundo atual, o que são comunidades virtuais e introduzir a noção de novos tipos de comunidades surgidas no contexto dos movimentos sociais. Partimos dos conceitos clássicos de comunidade para, a partir deles, tentar entender as alterações que os mesmos vem passando na sociedade contemporânea. Todo o estudo foi realizado através de pesquisa bibliográfica. Não é nossa pretensão esgotar o assunto, nem considerar essa abordagem como pronta. Além das “comunidades” (concretas e virtuais) serem algo prenhe de grande densidade e complexidade teórica e histórica, passam por um momento de transformações surpreendentes, as quais ainda em processo de mudança de qualidade, não se adequam a estudos cabais e definitivos.
Aspectos Originários dos Conceitos de Comunidades
Enquanto para alguns comunidade e seus conceitos eram coisa do passado, eis que eles ressurgem, recriados. No processo de transformação constante da sociedade, as comunidades tem se mantido vivas, outras se extinguem ou se revigoram, outras foram criadas. Ou seja, há toda uma
Publicado no livro “Comunicación y movimientos populares: ¿Quais redes?,