Comunidades de abelhas em áreas urbanas
Daniele de Oliveira¹
Denise Monique Dubet da Silva Mouga²
Resumo: Visando corroborar as relações ecológicas ocorrentes entre abelhas nativas e plantas medicinais, foram observadas suas interações no campus Joinville da Univille. Foram estabelecidas observações mensais, com duração de 12 horas diárias, de fevereiro a junho de 2011. As abelhas foram capturadas com redes entomológicas e posteriormente identificadas. As informações sobre indivíduos e plantas foram registradas em banco de dados. Foram amostradas, no período, 1430 abelhas, das quais 1219 foram apenas registradas. As abelhas capturadas (211 indivíduos) se incluem em 20 espécies. No período de observação, constatou-se a existência de 40 espécies botânicas de interesse para as abelhas, de 23 famílias. As famílias botânicas mais visitadas quantitativamente foram Lamiaceae e Asteraceae. Os táxons de abelhas mais frequentes foram Pseudaugochlora sp. (35 indivíduos), Augochloropsis sp. (19 indivíduos), Augochlora sp. (8 indivíduos) e Augochlorella sp. (6 indivíduos).
Palavras-chave: Interações abelha-flor, apifauna, levantamento.
1. Introdução
As abelhas possuem profunda e importante relação com o ambiente, pois preservam a vida vegetal e também na manutenção da variabilidade genética (NOGUEIRA-COUTO 1998). Um exemplo desta importância é o fato de que, na maioria dos ecossistemas mundiais, as abelhas são os principais polinizadores (BIESMEIJER & SLAA 2006).
Por existirem em várias partes do mundo, as abelhas possuem adaptações que culminaram no aparecimento de 20.000 espécies. Este número pode chegar a ser até duas vezes maior, mas precisariam ser realizados estudos de levantamento das espécies de abelhas e das interações abelha-planta que ocorrem nos diversos biomas (ROUBICK 1992). Em contra partida, as abelhas silvestres, apresar de sua importante relação ecológica, estão desaparecendo dos