comunidade terapeutica
As comunidades terapêuticas foram criadas em 1979 com o intuito de dar uma resposta aos problemas provenientes da dependência de drogas, possuindo assim um ambiente que necessariamente é livre das mesmas e uma forma de tratamento em que o paciente é tratado como o principal protagonista de sua cura. Trata-se de um sistema estruturado, com limites precisos e funções bem delimitadas, regras claras e afetos controlados, através de normas, horários e responsabilidades. Toda estrutura é para que o paciente se situe totalmente no tratamento, sendo assim, o trabalho intenso, tanto pela equipe profissional, quanto pelos pacientes. Os objetivos das comunidades terapêuticas não são só os resultados do tratamento, mas também as consequências de uma reabilitação social envolvendo intervenção também em outros locais fora do espaço das comunidades terapêuticas (Pozas, 1996).
Para conseguir lidar com a demanda de pacientes que vão à busca de comunidade terapêutica a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) e a Secretaria Nacional Antidrogas (SENAD) editaram uma resolução que foi capaz de regulamentar o funcionamento de todas as comunidades terapêutica existentes no país (Agência Nacional de Vigilância Sanitária, 2001).
De acordo com Serrat (2002, p.2), membro do conselho deliberativo da Federação Brasileira de Comunidades Terapêutica (FEBRACT) e responsável pela definição do papel das comunidades terapêutica é uma resposta à evolução do consumo de drogas ilícitas por parte dos jovens e, ainda segundo o mesmo autor, quando os princípios de recuperação, resgate da cidadania, reabilitação física e psicológica e de reinserção social são corretamente aplicados, os tratamentos apresentam resultados positivos importantes, sendo o objetivo agir nos fatores psicossociais do indivíduo, ficando o tratamento medicamentoso por conta de outros órgãos, como hospitais e clínicas especializadas.
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