Comunicação
A compreensão errada de algumas palavras pode ser a diferença entre a vida e morte. Diversos desastres com aviões foram atribuídos a falhas na comunicação. Considere o seguinte: O pior desastre da história da aviação ocorreu em 1977 na enevoada Tenerife, nas Ilhas Canárias. O comandante de um vôo da KLM pensou que o controle de tráfego aéreo havia liberado sua aeronave para decolagem, mas a torre havia apenas transmitido algumas instruções para decolagem. Embora o idioma fala pelo comandante holandês e o controlador espanhol fosse o inglês, a confusão foi criada pelos fortes sotaques de ambas as partes e alguma terminologia inadequada. O Boeing 747 da KLM chocou-se com uma aeronave igual, da Pan Am, que estava aterrissando. Morreram 583 pessoas. Em 31 de outubro de 2000, as condições de visibilidade eram péssimas no aeroporto Chiang Kai Shek, em Taipé, por causa de um grande tufão que passava pela região de Taiwan. Os pilotos de um 747 da Cingapura Airlines, que fazia escala em Taipe na rota entre Cingapura e Los Angeles, não leram o relatório da Aviação Civil de Taiwan que informava que a pista 05R estaria fechada para reparos entre 13 de setembro a 22 de novembro. Avisados pela torre que deveriam usar a 05L para decolagem, os pilotos taxiaram na pista 05R, que corria paralela. Menos de 4 segundos depois de iniciar a decolagem, o avião bateu nas barreiras de concreto, escavadeiras e outros equipamentos que estavam na pista em obras. A aeronave se partiu e 83 pessoas morreram. O tempo ruim e a falha na comunicação se juntaram novamente e provocaram outro acidente em outubro de 2001, desta vez no aeroporto Linae, em Milão, Itália. A visibilidade estava péssima e os controladores de vôo não conseguiram estabelecer contato visual e nem por radar com as aeronaves. A falta de comunicação entre a torre e os pilotos de um jato comercial da SAS e de um jatinho executivo Citation, associada a falta de visibilidade, fez com