Comunicação
Entende-se por Indústria cultural o conjunto de empresas e instituições cuja principal atividade econômica é a produção de cultura, com fins lucrativos e mercantis. No sistema de produção cultural encaixam-se a tv, o rádio, jornais, revistas, entretenimento em geral; que são elaborados de forma a aumentar o consumo, modificar hábitos, educar, informar, podendo pretender ainda, em alguns casos, ter a capacidade de atingir a sociedade como um todo.
A interferência da mídia no cotidiano dos cidadãos é muito discutida. Diversas teorias buscam explicar como se dá o processo de interação entre as pessoas e os meios de comunicação. Há quem veja no receptor de informações - o indivíduo comum - capacidade e autonomia de escolha e interpretação; de outro lado, estudiosos que enxergam a mass media como uma manipuladora incontrolável. Integrantes da famosa Escola de Frankfurt, os filósofos alemães Theodor W. Adorno e Max Horkheimer que dedicaram amplo esforço à investigação do tema, foram partidários da visão, por assim dizer, mais "pessimista".
Ao lado da defesa da Indústria Cultural está a tese de que não é fator de alienação na medida em que sua própria dinâmica interior a leva a produções que acabam por beneficiar o desenvolvimento do homem. A favor desta idéia lembra-se, por exemplo que as crianças hoje dominam muito mais cedo a linguagem graças a veículos como a TV. O acúmulo de informação acaba por transformar-se em formação dos indivíduos, isto é, a quantidade provocando alterações na qualidade. Ou que a Indústria Cultural acaba por unificar não apenas as nacionalidades mas também as próprias massas.
A contemporaneidade instala um novo clima social e cultural distanciando-se, desta forma, da tranqüilidade descontraída dos anos pós-modernos. Os sentimentos de vulnerabilidade estão em ascensão, a insegurança profissional e material, o medo da desvalorização dos diplomas, as atividades subqualificadas, a degradação da vida social. Os jovens temem o