Comunicação

O ÚLTIMO DIA

Segundo Fiorin, a alteração do sentido das palavras é possível a partir da relação entre o significado usual e o novo que foi acrescido. Essa relação pode ser de semelhança (metáfora) ou de contiguidade. Na metáfora a mudança de sentido se dá pela elaboração de uma relação de semelhança entre o significado de base (usual) e o acrescentado (novo). Já na metonímia essa mudança de sentido se dá por uma relação de contiguidade entre os significados.
Metáfora e metonímia são denominadas recursos retóricos.
E por que alterar o sentido das palavras?
Na metáfora ,segundo Fiorin, alteramos o sentido das palavras para apresentar uma nova maneira, mais viva, de ver as coisas do mundo, e na metonímia essa alteração é feita para mostrar a essência das coisas, ou seja, aquilo que é percebido como fundamental.
Para Fiorin, se percebe que um termo é metafórico ou metonímico quando o significado de base é inadequado ao contexto, o sentido deve ser outro, conotado.

Na música “O último dia” de Paulinho Moska, último dia é uma metáfora, pois no caso está fazendo referência ao fim do mundo, da existência. O “meu amor” que aparece em boa parte das estrofes é um vocativo irônico, pois ao longo de toda a música podemos perceber que o autor não é nem um pouco romântico e que justifique o vocativo “meu amor”, pelo contrário, percebemos no decorrer da música que ele é por diversas vezes rude e mal educado.
Na primeira estrofe mostra a ironia sobre uma pergunta objetiva.
Na segunda estrofe o narrador que saber do interlocutor o que este faria se só lhe restasse um dia, se ele iria continuar fazendo as mesmas coisas, os mesmos horários e compromissos ou se ele iria fazer algo diferente. Se ele iria continuar a viver sem emoções, por isso vazia, tão acostumada a mesma rotina (esperar os seus amigos na sua sala vazia Oximoro/ paradoxo (ideias contrárias).
A terceira estrofe repete com angústia e dúvida.
Na quarta estrofe o autor questiona se a pessoa à qual a