Comunicação
Apesar da temática da Responsabilidade Social das Empresas (RSE) não ser recente, alterações na envolvente e nos valores individuais suscitaram um interesse crescente dos académicos, das instituições e do mundo empresarial.
Segundo Carroll, (1999), a principal função de uma empresa consiste em criar valor através da produção de bens e serviços, gerando assim lucros para os seus proprietários e accionistas e bem-estar para a sociedade, em especial através de um processo contínuo de criação de emprego. A emergência de novas pressões sociais e de mercado está a conduzir progressivamente a alterações dos valores e dos horizontes da actividade empresarial. Num mundo globalizado, as políticas económicas, culturais e sociais, estão cada vez mais interligadas e têm cada vez mais impacto. Nesse sentido a temática da Responsabilidade Social (RS) surgiu da necessidade de existir um espírito social responsável, ao encontro do conceito de Desenvolvimento Sustentável (DS).
Distintos contextos de origem e desenvolvimento levaram a cabo teorizações e operacionalizações nem sempre convergentes. Atendendo ao conceito geral de uma empresa como algo que emprega, transforma e gere recursos para uma futura obtenção de lucros, a RSE emerge como uma medida de política empresarial que ultrapassa e vai muito além das metas meramente produtivas.
Durante algum tempo, confundiu-se RS com acções de filantropia e muitas vezes desligadas do objecto de negócio da empresa. Estas acções podem fazer parte da RS de uma empresa mas, por si só, não a tornam socialmente responsável. O Livro Verde definiu RSE como “a integração voluntária de preocupações sociais e ambientais por parte das empresas nas suas operações e na sua interacção actividades com as partes interessadas (Comissão Europeia, 2003:3)” isto é, a RSE é, essencialmente, um conceito segundo a qual as empresas decidem, de forma voluntária, fazer face à pressão que a sociedade exerce cada vez