Comunicação

Consideracões iniciais

O presente trabalho trata sobre Notícia e Reportagem: dois gêneros jornalísticos. Apresenta, sobretudo, semelhanças e diferenças entre esses gêneros jornalísticos, analisando separadamente suas noções primordiais, estruturas, em que se aproximam e em que se diferenciam. Os dois gêneros são muito comuns no campo jornalístico, e daí o interesse por eles. Mesmo porque, para se chegar ao conceito de Reportagem, passamos primeiro pelo de Notícia, visto que a maioria dos autores aqui citados faz essa comparação. Inicialmente, abordaremos de maneira sucinta sobre o contexto histórico em que nasce a Notícia e a Reportagem.

1. Contexto histórico

Os primeiros jornais começaram a circular a partir de 1609 em centros de comércio ligados à burguesia e os primeiros jornalistas escreveram sobre interesses burgueses. O público-alvo era restrito a funcionários públicos e comerciantes. Porém, no contexto mundial do século XIX, o público-alvo aumentou. Começou-se a produzir um grande número de exemplares com o advento da Revolução Industrial, que desencadeou três fatores: mercado efetivo para os jornais - os novos letrados deveriam ser sociabilizados nas metrópoles e formados de opinião para os ainda iletrados; a mecanização chega até os jornais e; a publicidade como custeio da produção jornalística. A partir disso, os jornais ampliaram a área de abrangência de serviços e passaram a incluir horóscopos, tirinhas e folhetins, porém a notícia continuaria sendo a matéria-prima principal. Nesse contexto, nasce o responsável por repassar a informação: o repórter. Este teria o papel de transformar a ficção em realidade e torná-la acessível ao público. Os repórteres entravam numa corrida desesperada por furos, ou notícias, como as conhecemos hoje. Sobre esse contexto, Lage (2008) diz que

Repórteres passaram a ser bajulados, temidos e odiados. A reportagem colocou em primeiro plano novos problemas, como discernir o que