Comunicação
CAPITULO UM
TEORIA DA COMUNICAÇÃO CONCEITUAL E ABSTRATA
Sendo somente na metade do século XX tratada com teorias, a comunicação ganha na Grécia uma teoria chamada retórica. Na retórica as posições de emissor e receptor são bem definidas assim como as especificidades que caracterizam a mensagem que une ambos.
Mas passeando pelos conceitos da comunicação pelo mundo da ciência, é visto conceitos complexos. Tal complexidade vai do dicionário, passa pela enciclopédia e deságua numa teoria geral da comunicação. 1. A retórica e a comunicação
A arte retórica em Aristóteles integra o Organum, que é o conjunto de instrumentos para a construção da ciência. Ela é o primeiro trabalho sistemático sobre a retórica, e antes dele as referências eram em Sócrates, Górgias, Platão, Xenofontes etc. Porém, no período em que viviam esses filósofos, na Grécia predominava a cultura oral. Havia uma desconfiança no novo meio de armazenamento de conhecimento, pois, segundo Platão, a escrita enfraqueceria a memória e apenas o corpo de carne e osso poderia servir de depósito de conhecimento acumulado. Com isso, os mais velhos detinham a sabedoria, tornando a retórica tão associada à eloquência e à oratória.
Aristóteles não tinha dom para oratória e escrevia para seus discípulos. Fundou uma escola em Atenas que ficou conhecida como escola peripatética. Portanto, a arte retórica foi escrita para servir como material de ensinamento em encontros com aqueles que procuravam por Aristóteles.
Num apanhado geral sobre a trajetória do estudo da retórica baseado no livro de Armando Plebe e Pietro Emmanuelle, Manual de retórica (1922), é defendido o conceito de retórica como arte de inventar. O discurso retórico apresenta o objeto e depois vai atrás de suas causas, buscando o êxito, a eficácia.
Além de inventar situações novas e imprevisíveis, a retórica procura o que ainda não existe. Portanto, qualquer definição retórica não visa