Comunicação e Época
Pesquisa revela: produzidos por homens ricos, anúncios brasileiros não enxergaram nova auto-estima feminina e estão tornando-se, além de preconceituosos, ineficazes…
Realizada pelo Data Popular e Instituto Patrícia Galvão, a pesquisa Representações das mulheres nas propagandas na TV revela a existência de um conflito entre o que os espectadores veem e o que gostariam de ver nas publicidades exibidas na televisão. Para 56% dos entrevistados, homens e mulheres, as propagandas na TV não mostram as brasileiras reais. Para a pesquisa, foram realizadas 1.501 entrevistas com homens e mulheres maiores de 18 anos, em 100 municípios de todas as regiões do país, entre os dias 10 e 18 de maio deste ano.
Na avaliação do diretor do Instituto Data Popular, Renato Meirelles, o distanciamento entre a representação da mulher feita nos comerciais e a realidade prejudica os anunciantes, que perdem o principal mercado de consumo. “A mulher quer uma comunicação que a inspire a melhorar um pouco mais de vida, mas não a deixar de ser quem ela é. E quando as empresas vendem um aspiracional que está longe de ser desejado e possível para essa mulher, ou ela se frustra ou simplesmente conclui que esse produto não é para ela e cria uma barreira em relação a ele”, considera.
Para 39%, a mulher nunca é apresentada como inteligente; 57% acham que aparecem como objeto sexual e 84% dizem que o corpo feminino é "usado para promover a venda de produtos na TV". Mais de 70% veem mais loiras e de olhos claros, e mais de 80%, mulheres magras, brancas e de cabelos lisos nas propagandas. Segundo o IBGE, 51% da população se declara negra ou parda.
E 61% dizem que as mulheres se sentem frustradas por não terem o padrão de beleza mostrado nas propagandas de televisão.
Resenha: A imagem da mulher na propaganda.
É com pesar que informamos, senhoras e senhores, que a publicidade é um dos terrenos em que o machismo circula com mais liberdade. No Brasil, a divisão